Promover o turismo é um dos principais objetivos do plano Visão 2030, elaborado pelo príncipe Mohammed bin Salman para preparar a Arábia Saudita para uma era pós-petróleo.
O anúncio chega apenas duas semanas depois de ataques atingirem duas refinarias sauditas, ação pela qual os Estados Unidos acusam o Irã. O fato gerou um medo de guerra na região e deixou o mercado energético bastante agitado.
"Abrir a Arábia Saudita para turistas é um momento histórico para nosso país", afirmou o ministro do Turismo, Ahmed al-Khateeb, segundo publicado pela agência AFP.
"Os visitantes ficarão surpresos com os tesouros que temos para compartilhar, cinco locais que são Patrimônio Mundial e uma cultura vibrante e beleza natural estonteante", acrescentou.
Sítios arqueológicos e cultura beduína
O reino irá abrir solicitações on-line de vistos para cidadãos de 49 países neste sábado (27). Além disso, Khateeb disse que o código de vestimenta do país seria afrouxado para mulheres estrangeiras, permitindo a elas andar nas ruas sem estarem completamente cobertas. No entanto, elas deverão se vestir de maneira "moderada".
Atualmente, vistos para entrar na nação saudita são restritos a trabalhadores expatriados, seus dependentes e peregrinos muçulmanos que viajam para lugares santos como Meca e Medina. A Arábia Saudita, no entanto, tem sítios arqueológicos que podem atrair visitantes, além de sua rica herança beduína.
O príncipe saudita vem tentando modernizar o reino e adotou algumas medidas liberalizantes, como abrir cinemas e permitir que as mulheres possam dirigir. No entanto, organizações acusam o governo saudita de violações dos direitos humanos.