O cometa foi descoberto ainda este ano pelo astrônomo Gennady Borisov, a partir de um telescópio na Crimeia, Rússia.
Até o momento, pouco se sabe sobre o corpo celeste, mas sua trajetória hiperbólica dá a entender que o objeto teria origem fora do Sistema Solar. O 2I/Borisov parece sofrer pouca ação da gravidade do Sol.
Traçando a trajetória do cometa, os astrônomos descobriram que ele está se aproximando de Marte. Isso não significa dizer que haja risco de colisão, mas a rota do corpo celeste tange próximo ao planeta vermelho.
Possível desintegração
Além disso, segundo Yuri Medvedev, doutor em ciências matemáticas do Instituto de Astronomia Aplicada de São Petersburgo, Rússia, o corpo celeste poderia se desintegrar por inteiro ainda no Sistema Solar.
A razão da suspeita está no seu grande coma, uma nuvem de gás formada pelo cometa. Também a sua alta luminosidade, perfeitamente visível a quase meio bilhão de quilômetros, sustentaria a suspeita.
O cometa ainda tem origem desconhecida, mas acredita-se que ele viria da constelação de Cassiopeia. Caso não se desintegre no Sistema Solar, o cometa deverá continuar sua trajetória pelo Universo e nunca mais voltar ao nosso sistema planetário.