"Os Estados Unidos começaram essa guerra cibernética atacando nossas instalações nucleares de maneira muito perigosa e irresponsável, que poderia ter matado milhões de pessoas", disse Zarif, acrescentando que Washington nunca consegue acabar com nenhum conflito que desencadeia.
O chanceler iraniano também instou a administração Trump a não tentar resolver os conflitos no Oriente Médio por meio da força.
Em junho, o ministro das Comunicações e Tecnologias de Informação do Irã, Mohammad Javad Azari Jahromi, denunciou que, em 2018, a República Islâmica "neutralizou 33 milhões de ataques com um firewall nacional" em sua rede, porém, segundo ele, os ataques cibernéticos americanos contra a infraestrutura militar do Irã têm sido um fracasso.
Situação crítica no Oriente Médio
A situação no Oriente Médio se deteriorou depois que refinarias da petroleira Saudi Aramco, empresa estatal de petróleo e gás saudita, foram atacadas por drones no dia 14 de setembro, após o que o reino foi obrigado a reduzir a produção de petróleo em mais de metade.
Zarif criticou a decisão dos EUA de enviar tropas adicionais para o Oriente Médio após os ataques às refinarias.
A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada pelos rebeldes iemenitas houthis, contra os quais a coligação árabe liderada pela Arábia Saudita está lutando, mas Riade e Washington acusaram Teerã do incidente.
O Irã nega todas as acusações e enfatizou que os ataques às instalações petrolíferas prejudicam toda a região, observando que tais acusações americanas são comuns e não causam surpresa.
Apesar da falta de provas do envolvimento do Irã no ataque, o presidente norte-americano Donald Trump ordenou que as sanções contra Teerã fossem substancialmente reforçadas.