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Witzel diz que vai pedir ajuda da ONU para fechar fronteiras e enfrentar 'genocídio' no Rio

© Foto / Betinho Casas Novas/Futura Press/FolhapressPoliciais de UPPs durante operação na Cidade de Deus e na Comunidade do Karatê, no Rio de Janeiro (arquivo)
Policiais de UPPs durante operação na Cidade de Deus e na Comunidade do Karatê, no Rio de Janeiro (arquivo) - Sputnik Brasil
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Durante coletiva de imprensa no Rock in Rio, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que pediria ajuda dos países do Conselho de Segurança da ONU para enfrentar o "genocídio" causado no estado pelo tráfico de drogas. 

Witzel justificou na coletiva que a violência nas comunidades é fruto do comércio ilegal de armas e de drogas feito por traficantes. O governador sugeriu que a ONU retaliasse países como Paraguai, Bolívia e Colômbia, inclusive com o fechamento da fronteira com o Brasil, caso os governos dessas nações não consigam impedir o tráfico. 

"O Rio de Janeiro vai fazer o seu trabalho junto à Organização das Nações Unidas e ao Conselho de Segurança da ONU. Já pedi para para entrarem em contato com o Conselho de Segurança da ONU essa semana para que a eu possa expor o que está acontecendo no Rio de Janeiro e pedir providências junto a esses países", disse o político do PSC, segundo publicado pelo jornal O Globo. 

A política de segurança de Witzel vem sofrendo muitas críticas desde o início do seu mandato pois seria excessivamente violenta e desrespeitaria os direitos humanos. De acordo com os opositores de suas medidas, o modo de agir da da polícia do Rio de Janeiro provoca mais violência e coloca em risco a população. 

Fechar fronteiras e retaliar vizinhos

"O próprio conselho pode tomar essa decisão: retaliar Paraguai, Bolívia e a Colômbia. Países que vendem armas têm que ser proibidos de fazê-lo, sob pena de continuar esse massacre, essa situação sangrenta que vivemos nas comunidades do Rio de Janeiro. E fechar fronteira", afirmou. 

Recentemente, Witzel disse que iria denunciar o Paraguai nas Nações Unidas e na Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo tráfico de armas ao Brasil. O governador garantiu que mandaria policiais caso fosse necessário para ajudar a fechar a fronteira com o país vizinho. 

Dados de ONGs indicam que 5 crianças morreram em 2019 vítimas de bala perdida no estado. O caso mais recente foi da menina Ághata Félix, 8, atingida por um disparo nas costas quando estava dentro de uma kombi no Complexo do Alemão. Segundo moradores, não havia confronto no momento e o tiro partiu da polícia. A morte dela gerou uma série de protestos e críticas contra o governador. 

Na coletiva do Rock in Rio, ele comentou o caso e defendeu sua política de segurança. "Querer fazer palanque de uma criança, ou de quem quer que seja, como palco de político, é uma indecência da oposição. Quem embarca nessa história... Nós temos que respeitar a diversidade, mas quem embarca nessa história está dando eco a uma política perversa contra algo que está sendo bem", disse.

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