Na terça-feira (1º), o texto principal da tinha sido aprovado por 56 votos a favor e 19 contra. Em seguida, os destaques que previam alterações começaram a ser discutidos.
Após os senadores decidirem retirar da reforma a proposta que muda as regras para concessão do abono salarial (espécie de 14º salário), o que foi considerado uma forte derrota para o governo, a votação dos demais destaques foi adiada para quinta-feira.
Atualmente, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos tem direito ao benefício, regra que será mantida. O texto inicial da reforma, no entanto, previa que esse patamar caísse para um salário mínimo.
Com isso, a economia que o governo previa com as mudanças nas leis vai diminuir para cerca de R$ 800 bilhões em dez anos. Críticos da reforma, no entanto, consideravam a alteração do abono extremamente dura, o que prejudicaria assalariados com renda mais baixa.
O destaque para manter o abono do jeito atual foi proposto pela bancada do PT, para quem o benefício é importante na composição da renda familiar.
Votação pode atrasar
Todas as outras propostas prevendo alterações no texto-base foram derrubadas. Segundo o calendário anterior, o 2° turno da votação está marcado para 10 de outubro, mas a data deve sofrer um atraso devido à pressão de alguns senadores.
A expectativa agora é de que o plenário aprove o texto. Depois que isso ocorrer, a reforma é promulgada pelo Congresso e se torna uma emenda à Constituição. As novas regras da Previdência passariam a valer a partir de então.