A denúncia foi publicada no site da Veja. Segundo a reportagem, entre 10 e 20 agentes entraram no hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte da cidade, para tentar levar o objeto, mas não conseguiram.
Ágatha foi baleada nas costas no dia 20 de setembro quando estava em uma kombi no Complexo do Alemão. Ela foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento no próprio veículo, e depois transportada para o Getúlio Vargas numa viatura da polícia.
De acordo com moradores, não havia confronto no momento e o tiro partiu de um policial, que teria tentado atingir um motociclista.
A Polícia Militar (PM), por sua vez, afirma que houve tiroteio com bandidos na comunidade da Fazendinha no momento em que a menina foi atingida.
A matéria da Veja diz ainda que os policiais pressionaram a equipe de plantão para entregar o projétil, mas os médicos e enfermeiros se recusaram.
A Delegacia de Homicídios estaria convencendo os funcionários a prestar depoimento sobre o ocorrido, mas a equipe tem medo de represálias. Não há imagens de vídeo da invasão.
Perícia na bala não identificou arma
Posteriormente, a bala foi encaminhada para perícia efetuada pela Polícia Civil. No dia 1º de outubro foi realizada a reconstituição do crime no local onde aconteceu o assassinato.
As análises feitas no projétil concluíram que seu "formato é adequado a um fuzil", mas não é possível identificar se a arma seria da PM, pois foi encontrado apenas um fragmento deformado da bala no corpo de Ágatha. Por isso, não poderá ser feita a comparação com as armas dos policiais que trabalhavam nas proximidades no momento do crime.
A polícia investiga se o tiro acertou um poste e um fragmento de bala acertou a kombi, atingindo a menina. O caso Ágatha gerou forte repercussão nacional e críticas à política de segurança do governador Wilson Witzel.