A renúncia de Eduardo Medina Mora, embaixador do México nos Estados Unidos durante parte da administração do ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018), foi aceita pelo presidente Andrés Manuel López Obrador, informou a Presidência, e agora deve receber o endosso do Senado antes de ser efetivada.
Medina Mora, 62 anos, também foi procuradora-geral na presidência do direitista Felipe Calderón, cujo triunfo nas eleições de 2006 foi severamente questionado por López Obrador, que acusou o pleito de ter sido fraudado.
As notícias inesperadas suscitaram reações de outros poderes públicos.
"É um fato incomum, é incomum, [...] extraordinário, mas não há crise, ele não coloca em crise o judiciário federal", disse o senador Ricardo Monreal, do Morena, mesmo partido de López Obrador.
Enquanto isso, a agência de notícias estatal Notimex informou que Medina Mora está sendo investigada pela Unidade de Inteligência Financeira do Ministério das Finanças "por receber transferências que não correspondem a sua declaração patrimonial".
Medina Mora assumiu o cargo de Ministro da Suprema Corte em 2015 e seu mandato terminaria em 2030.