O número de pessoas detidas durante os protestos no Equador, que eclodiram em resposta à decisão do governo de cancelar os subsídios aos combustíveis, chegou a 350, disse nesta sexta-feira a ministra do Interior do país sul-americano, Maria Paula Romo.
"Até às 9h [14:00 GMT], as forças de segurança do Equador prenderam 350 pessoas nas últimas 24 horas durante os protestos, a maioria delas em Guayaquil (159 pessoas), e em segundo lugar em Quito (118 pessoas)", disse a alta funcionária do governo.
Protestos em massa irromperam no Equador na quinta-feira, quando milhares se uniram contra as reformas econômicas do governo, especificamente a decisão de encerrar décadas os subsídios aos combustíveis para as pessoas físicas.
Segundo o presidente equatoriano Lenin Moreno, o país não pode mais arcar com esses custos e os cortes ajudarão o país a economizar cerca de US$ 2,27 bilhões por ano. Além disso, os cortes fizeram parte do acordo do governo equatoriano com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de modo a tornar possível um empréstimo de US$ 4,2 bilhões do fundo.
Como os protestos se tornaram violentos, registrando diversos confrontos entre a polícia e os manifestantes, Moreno declarou estado de emergência nacional por dois meses. O sistema de transporte no Equador já está paralisado há dois dias, afetando inclusive o tráfego aéreo internacional no país.