O oleoduto, com um custo de US$ 1,8 bilhão (R$ 7,3 bilhões), irá conectar um terminal petrolífero situado próximo da costa norte do golfo Pérsico com um porto na costa sul do Irã, o que significa que os petroleiros iranianos, após a conclusão do projeto, não terão de atravessar o estreito de Ormuz.
O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zangeneh, disse esta semana que o país está construindo um oleoduto terrestre de 1.000 quilômetros do terminal petrolífero de Goreh, na província de Bushehr, até o terminal de Jask, um porto que fica a leste do estreito de Ormuz, no golfo de Omã.
Zangeneh acrescentou, conforme citado pela agência de notícias do Ministério do Petróleo, que US$ 700 milhões de US$ 1,8 bilhão serão destinados ao desenvolvimento do porto de Jask.
Transformação da região
O ministro acrescentou que o projeto do oleoduto "transformaria a região, pois em Jask seriam construídas várias instalações de armazenamento de petróleo, um cais de exportação, quebra-mares e um sistema moderno de amarração".
O plano também prevê a construção de duas refinarias na região, com capacidade de refino diária de 300 mil e 150 mil barris e outras instalações petroquímicas.
O Irã planeja há anos construir um terminal fora do golfo Pérsico, o que eliminaria a necessidade de seus navios-tanque atravessarem o estreito de Ormuz e criaria uma nova rota de exportação para seu petróleo bruto.
Nova rota de exportação
Em setembro de 2018, o presidente Hassan Rouhani anunciou que o Irã iria transferir "a maior parte" de suas exportações do terminal da ilha de Kharg, no golfo Pérsico, para o porto de Jask.
Espera-se que o terminal de Jask comece a exportar condensado de gás do campo de Pars Sul em 2020 e prevê-se que as exportações de petróleo comecem no início de 2021.
Teerã ameaçou anteriormente fechar o estreito de Ormuz, uma via navegável crucial, através da qual é efetuado um terço do tráfego marítimo mundial de petróleo.