Rússia desenvolve espaçonave em forma de rosquinha para chegar à borda do Sistema Solar

© Foto / Ilustração da RIA Novosti. Depositphotos/Shad.off, Depositphotos/Molodec_, NASASonda espacial voando para a Nuvem de Oort, que se encontra nos limites do Sistema Solar
Sonda espacial voando para a Nuvem de Oort, que se encontra nos limites do Sistema Solar - Sputnik Brasil
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Uma equipa de cientistas russos está desenvolvendo uma nave espacial em forma de rosquinha que pode alcançar os cantos mais remotos do Sistema Solar em tempo recorde, tirando energia diretamente do Sol.

Esse inteligente método de abastecimento, desenvolvido por cientistas da Universidade Estatal de Samara (Rússia), permitirá à espaçonave ultrapassar as velocidades das sondas mais rápidas e atingir os pontos mais distantes do Sistema Solar, permitindo ainda ajudar a descobrir a origem dos cometas.

Além disso, o novo recurso pode até mesmo fornecer eletricidade aos futuros colonizadores de Marte, tudo isso enquanto prova a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, informa o serviço de imprensa da Universidade.

Ao contrário das outras, esta nave espacial terá uma estrutura redonda, será inflável e poderá acelerar sem motores adicionais, diz o professor Roman Kezerashvili, membro da Academia Internacional de Astronáutica e diretor do Centro de Física Teórica da Universidade de Nova York (EUA).

Nave a jato

A placa que cobre a parte central da nave em forma de rosquinha é uma vela solar. É revestida por uma substância especial que começará a evaporar à medida que se aproxima do Sol, dando à espaçonave um impulso equivalente à propulsão a jato sem transportar motores pesados.

"A duração dos voos para outras estrelas é enorme. A sonda espacial mais rápida Voyager 1 levaria 300 anos para alcançar as nuvens de Oort. A nossa nave pode alcançá-la em 20-30 anos", explicou a diretora do projeto, professora Olga Starinova.

A Nuvem de Oort é uma nuvem esférica de objetos transneptunianos (qualquer objeto no Sistema Solar cuja órbita esteja além da órbita de Netuno) que se encontra nos limites do Sistema Solar e que não pode ser observada diretamente.

CC0 / Pixabay / Sistema Solar
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"Isto significa que nós ou a próxima geração seremos capazes de obter provas da existência da nuvem, que presumivelmente gera todos os cometas, e estudar o que resta da formação do Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos", concluiu a cientista.

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