"A economia mundial está agora em desaceleração sincronizada", afirmou ela, acrescentando: "A desaceleração generalizada significa que o crescimento neste ano cairá na sua taxa mais baixa desde o início desta década".
Georgieva prosseguiu afirmando que, se a situação continuar, "a dívida corporativa em risco de inadimplência pode aumentar para US$ 19 trilhões, ou 40% do total da dívida em oito das grandes economias".
A economista búlgara declarou que as tensões comerciais "enfraqueceram substancialmente" a atividade manufatureira e de investimento em todo o mundo, portanto "existe um sério risco de que serviços e consumo sejam afetados em breve".
A nova diretora do FMI alertou que as falências no comércio internacional podem levar a mudanças que duram uma geração inteira e que não serão isentas de "cadeias de suprimentos quebradas, setores comerciais isolados, um 'Muro Digital de Berlim' que força países a escolher entre sistemas tecnológicos".
"Estamos desacelerando, não estamos parando, e não é tão ruim. E, no entanto, a menos que tomemos uma atitude agora, estamos arriscando uma possível desaceleração maior", avaliou Georgieva.
Georgieva, de 66 anos, assumiu a diretoria do FMI em 1º de outubro, substituindo a francesa Christine Lagarde.