O ex-analista antiterrorismo da Agência de Inteligência da Defesa dos EUA (DIA), Henry Kyle Frese, foi detido pela Procuradoria-Geral do estado americano da Virgínia sob a acusação de transmitir informações confidenciais a repórteres.
A acusação acaba de ser tornada pública pelo Departamento de Justiça dos EUA, escreve o canal CNBC.
Os materiais vazados incluíam cinco relatórios de inteligência e estavam relacionados com os sistemas de armas de um país estrangeiro.
Informações de segurança dos EUA
Note-se que as informações fornecidas foram utilizadas em pelo menos oito artigos noticiosos. São mencionados dois casos de entrega de dados - em 2018 e 2019.
Frese, de 30 anos, alegadamente teria tido uma "relação romântica" com uma jornalista, a quem teria fornecido informação secreta, bem como a um colega dela.
O ex-funcionário "foi pego em flagrante, revelando informações sensíveis de segurança nacional para ganho pessoal", disse o Departamento de Justiça em um comunicado.
"A divulgação não autorizada de informações ultrassecretas pode causar danos extremamente graves à segurança nacional dos Estados Unidos", comunica o departamento.
O gabinete do procurador acredita que a jornalista, com quem Frese vivia, lhe pediu que ajudasse um seu colega, que precisava de informações sobre sistemas de armas para seu artigo. Ele supostamente concordou, mas exigiu que, em troca, sua namorada fosse promovida no trabalho.
Os repórteres não são nomeados na acusação, mas o The Wall Street Journal os identificou como a jornalista Amanda Macias da CNBC e Courtney Kube da NBC. Frieze foi preso no dia 9 de outubro, quando chegava ao trabalho.