'Não houve chantagem' de Trump, afirma presidente ucraniano em coletiva de 14 horas

© AP Photo / Efrem LukatskyVladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, durante coletiva de imprensa em Kiev
Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, durante coletiva de imprensa em Kiev - Sputnik Brasil
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O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, disse nesta quinta-feira (10) que não foi "chantageado" por Donald Trump, que seu país era "independente" e os EUA têm "direito" de pedir para líderes estrangeiros investigarem casos de corrupção. 

O chefe de Estado ucraniano participou hoje de uma longa coletiva de imprensa em Kiev, que durou cerca de 14 horas e reuniu aproximadamente 300 jornalistas. Zelensky se referia a uma ligação telefônica entre ele e o presidente americano feita em 25 de julho. 

Na conversa, Trump pediu ajuda ao ucraniano para investigar o pré-candidato democrata às eleições presidenciais Joe Biden e seu filho Hunter. O diálogo, revelado recentemente, motivou a abertura de um pedido de impeachment contra o republicano na Câmara dos Representantes. 

Durante a coletiva, Zelensky negou as insinuações de que Trump teria o pressionado para ajudá-lo na investigação em troca de apoio militar americano para a Ucrânia, que seria usado no conflito no leste do país. 

Segundo os democratas, o presidente estaria bloqueando a ajuda para usá-la como barganha em negociações de seu próprio interesse, o que constituiria um crime. Seu objetivo seria prejudicar um rival nas eleições presidenciais. 

No entanto, Zelensky  garantiu que só ficou sabendo do embargo de milhões de dólares em ajuda militar destinada à Ucrânia após o telefonema. Após o caso vir à tona, a Casa Branca divulgou a íntegra da ligação. 

'Não somos servos'

"Não houve chantagem. Não somos servos. Somos um país independente", afirmou o mandatário, segundo publicado pela agência AP. 

Trump usou o Twitter para dizer que a declaração do líder ucraniano deveria encerrar o processo de impeachment. "O presidente da Ucrânia declarou novamente, na linguagem mais firme, que o presidente Trump não o pressionou e não fez absolutamente nada de errado. Ele usou a linguagem mais firme possível. Isso deveria encerrar o golpe democrata", disse o republicano. 

O líder ucraniano afirmou ainda que não queria "se envolver" na questão do impeachment, pois entendia que suas "palavras poderiam impactar as eleições do povo americano". Apesar disso, opinou que os Estados Unidos tinham "todo o direito" de pedir a líderes de outros países para investigar casos de corrupção.

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