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Desmatamento na Amazônia cresce 92,7% de janeiro a setembro

© Folhapress / André Cran Vista aérea de queimada na Floresta Amazônia, vista a partir da cidade de Porto Velho, capital de Rondônia.
 Vista aérea de queimada na Floresta Amazônia, vista a partir da cidade de Porto Velho, capital de Rondônia.  - Sputnik Brasil
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O desmatamento na Amazônia subiu 92,7% entre janeiro e setembro desse ano em comparação com o mesmo período de 2018, segundo dados do sistema Deter, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 

O Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real), mecanismo em funcionamento desde 2004, dispara alertas para orientar ações do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis). Os últimos três meses foram os mais críticos, com as maiores altas de desmatamento desde 2015 e 2016.

Em junho, houve aumento de 90% ante o mesmo período de 2018; em julho, o crescimento foi 278%; e em agosto o salto alcançou 222%. Já no mês passado a alta foi de 96%, o que representa cerca de 1.447 km² de floresta devastados. 

Entre janeiro e setembro de 2019, foram 7.853 km² de mata destruídos, ante os 4.075 km² do mesmo período do ano passado - um aumento de 92,7%. 

O Deter não mede precisamente a área desmatada, o que só é feito anualmente pelo sistema Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), mas aponta uma tendência e valores estimados. A partir dos seus dados o Ibama atua para combater a derrubada da floresta. 

Incêndios na floresta geraram crise internacional

O primeiro resultado do Prodes abrangendo o período em que o presidente Jair Bolsonaro está no poder deve sair em novembro. O sistema compila os dados de agosto de um ano a julho do outro. O Prodes indica um aumento do desmatamento desde 2012. 

Em agosto, a divulgação dos dados do INPE sobre o aumento das queimadas na Amazônia gerou uma crise internacional para o governo Bolsonaro. Líderes mundiais como a chanceler  alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, expressaram preocupação com a floresta. 

O então diretor da INPE, Ricardo Galvão, recebeu críticas do governo por revelar os dados e acabou sendo exonerado. As últimas informações da instituição mostram que os focos de incêndios diminuíram em setembro.

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