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Mourão diz que Papa e Igreja Católica não são inimigos do governo brasileiro

© AP Photo / FlorenceHamilton Mourão durante visita à China
Hamilton Mourão durante visita à China  - Sputnik Brasil
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O Papa Francisco e a Igreja Católica não são inimigos do governo brasileiro, disse nesta sexta-feira o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, durante uma entrevista coletiva.

O vice-presidente está em Roma, na Itália, para participar da cerimônia de canonização da beata baiana Irmã Dulce, marcada para este domingo.

A cidade também recebe o Sínodo da Amazônia, organizado pelo Vaticano, com o tema "Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral", informou Agência Brasil.

​Representações de indígenas e organizações da sociedade civil criticaram a atuação do governo brasileiro na área de preservação de meio ambiente e ecologia.

Mourão disse, por outro lado, que se reunirá com secretários do Papa Francisco para apresentar as medidas adotadas por Brasíla, defendendo a atuação do governo.

"A mensagem que quero passar é que a Amazônia brasileira é brasileira. É responsabilidade nossa preservá-la e protegê-la. Não queremos ser colocados como governo da motosserra, exterminador de indígena, não respeita os direitos humanos. É responsabilidade do governo, e mais ninguém, preservar e proteger a Amazônia", afirmou Mourão.

O vice-presidente foi questionado por jornalistas sobre demarcação de terras indígenas e defendeu a posição do seu superior, Jair Bolsonaro.

"O Brasil tem 14% do seu território de terra indígena, uma quantidade expressiva. O número de indígenas não é tão grande. O que está demarcado tem que ser protegido. Temos tido dificuldade em razão dos incidentes de queimada, garimpo ilegal. Para depois ver se é o caso de novas demarcações", declarou a autoridade.

O representante do Executivo afirmou que pretende se reunir com empresas italianas e com representantes do governo italiano.

"Não é pura e simplesmente viagem para o evento religioso, mas ter oportunidade de dialogar com pessoas que podem auxiliar o país, investir no país e fazer parte do papel diplomático. Acredito que no próximo ano o presidente estará aqui na Itália", concluiu.

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