Na ocasião, a NASA enviou um par de sondas espaciais para o planeta vermelho. As sondas se chamavam Viking 1 e Viking 2.
Em 30 de julho de 1976, a missão trouxe resultados de experimentos que buscavam sinais orgânicos em Marte. De acordo com o ex-pesquisador da NASA Gilbert Levin, os resultados foram positivos.
"Com o desenvolvimento do experimento, em um total de cinco, quatro resultados deram positivo", escreveu Levin na revista Scientific American.
O cientista também disse que os resultados mostravam uma curva gráfica que indicava a presença de respiração microbiana em Marte.
No entanto, a NASA não teria classificado Marte como um planeta portador de vida, já que a missão teria falhado em achar outros sinais.
"Quando o Experimento de Análise Molecular da Viking não achou matéria orgânica, a essência da vida, a NASA concluiu que a missão descobriu uma substância que imitava vida, mas não vida", afirmou Levin.
Desde então, a agência não muniu seus aparelhos para viagens a Marte com instrumentos capazes de detectar vida no planeta, conforme relatou o cientista.
Ao invés disso, a NASA tem buscado no planeta vermelho evidências de que o mesmo tenha tido condições para abrigar vida no passado.
Busca por vida
Por outro lado, a agência tem colocado a busca por vida no espaço como uma de suas maiores prioridades.
De acordo com Jim Bridenstine, diretor-geral da NASA, a agência deverá encontrar "sinais de vida extraterrestre em breve", publicou a revista Space.
Para Levin não seria uma surpresa encontrar micro-organismos no planeta vermelho.
Uma das razões disso seria o choque de corpos celestes com a Terra durante bilhões de anos.
"Quando cometas ou meteoritos grandes atingem um planeta, parte [do planeta] vai pro espaço. Uma pequena fração deste resto acaba parando em outro planeta, talvez trazendo consigo micro-organismos", explicou Levin.
Além disso, experimentos feitos pela Estação Espacial Internacional mostraram que micróbios tirados da Terra sobreviveram às condições espaciais.
Desta forma, choques com cometas e meteoritos podem ter levado micro-organismos da Terra ao planeta vermelho.