O estudo, publicado pela revista Icarus, sugere que a maioria do gelo lunar poderia ser tão antigo quanto a própria Lua, enquanto que outros depósitos de gelo poderiam ser mais jovens, possivelmente colocados lá por cometas e asteroides, ou até mesmo por atividade vulcânica subterrânea.
Segundo Ariel Deutsch, estudante do Departamento de Ciências da Terra, Meio Ambiente e Planetárias da Universidade de Brown, é importante limitar a idade dos depósitos, já que essa informação pode ser fundamental tanto para a ciência básica quanto para as futuras explorações lunares, pois o gelo poderia ser utilizado como combustível ou outras utilizações importantes.
De acordo com os pesquisadores, a maioria dos depósitos de gelo estão dentro de crateras formadas há aproximadamente 3,1 milhões de anos ou mais, conforme cita a NASA.
"Foi uma surpresa. Não havia realmente nenhuma observação de gelo em armadilhas frias mais jovem antes", explicou Deutsch ao se referir às características afiadas e bem definidas do gelo encontrado no Polo Sul do planeta.
Os especialistas agora pretendem enviar missões para recolher amostras, o que ajudaria a descobrir e responder a todas as questões e incertezas.
"Quando pensamos em enviar humanos de volta à Lua para exploração a longo prazo, precisamos saber com que recursos podemos contar, e atualmente não sabemos [...]" concluiu Jim Head, coautor do estudo.
Vale destacar que o programa Artemis da NASA visa colocar humanos na Lua até 2024.