Isso porque os cientistas do Lunar and Planetary Institute (LPI) descobriram que um fluxo vulcânico no planalto de Vênus, chamado de Ovda Regio, é composto de lava basáltica.
Com isso, os cientistas passaram a questionar a hipótese de que o planeta teria sido habitável, ou que o planeta tivesse tido um oceano antigo de água líquida, conforme o Space.com.
Esta região está localizada próxima ao equador venusiano e é o maior planalto conhecido na crosta do planeta.
Anteriormente, os estudos eram baseados na química da atmosfera, bem como na presença de terras altas, ou planaltos, para sustentar a ideia de que o planeta teria sido habitável.
Entretanto, no novo estudo a equipe do LPI remodelou o fluxo de lava do Ovda Fluctus utilizando dados de radar da Magellan, uma sonda espacial da NASA, para descobrir que ele não é granítico, como se esperava, mas sim seria formado por rochas de basalto, que podem se formar com ou sem água.
"Sabemos muito pouco sobre a superfície de Vênus", afirmou o Dr. Allan Treiman, um dos membros da equipe, ressaltando que "se as terras altas de Ovda Regio são feitas de rochas basálticas, como a maioria de Vênus, elas provavelmente foram espremidas até suas alturas atuais por forças internas, possivelmente como montanhas que resultam de placas tectônicas na Terra."
Além disso, Vênus hoje está totalmente protegido por nuvens e tem uma superfície que mais parece o "inferno", com um efeito descontrolado de gases de efeito estufa que gera temperaturas de fusão do chumbo de mais de 370 graus Celsius.
Contudo, a ideia de que Vênus poderia ter sido habitável não é totalmente descartada, mas essa hipótese passa a ser questionada. O próximo objetivo será enviar sondas ao planeta capazes de confirmar ou negar essa possibilidade.