Os resultados do estudo foram publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. As galáxias são sistemas espaciais ligados gravitacionalmente, consistindo em estrelas, planetas e a parte invisível – halo – representada por gás e poeira interestelares, bem como matéria escura. Halo galáctico nada mais é que a região do espaço ao redor das galáxias espirais.
A colaboração científica internacional HERON (Halos e Ambientes de Galáxias Próximas) publicou os resultados do maior estudo até hoje da análise dos halos de 119 galáxias.
A colaboração inclui o cientista russo Aleksandr Mosenkov do Observatório-Geral de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia. Michael Rich, da Universidade da Califórnia, Los Angeles, lidera a equipe de pesquisa.
Os cientistas usaram um telescópio de 0,7 metros relativamente pequeno e barato, localizado em Fraser Park, Califórnia. As imagens digitais foram obtidas utilizando um chip CCD semelhante ao utilizado nas câmaras digitais. Cada pixel cobria uma área maior do céu do que a coberta por grandes telescópios.
Arcos e plumas
Como resultado, as imagens tiradas em uma hora foram capazes de examinar os fracos arcos e plumas lançados durante colisões de galáxias, tão claramente quanto às imagens tiradas com a mesma exposição do telescópio de 3,6 metros CFHT no Havaí.
Um código desenvolvido por Aleksandr Mosenkov permitiu que a equipe medisse com precisão as dimensões exteriores das galáxias estudadas. Acontece que quanto mais brilhante é a galáxia, maior será a galáxia.
Os maiores halos, com mais de 600 mil anos-luz na transversal, são característicos de galáxias elípticas gigantes, muito mais brilhantes que a Via Láctea, como a M87 da constelação de Virgem. Halos relativamente grandes são também galáxias espirais com a Via Láctea, que possuem um disco.
Cientistas da HERON determinaram pela primeira vez com precisão o tamanho de muitas galáxias e identificaram em suas partes periféricas elementos anteriormente desconhecidos.
Por exemplo, nos arredores da galáxia espiral NGC 7331 foi descoberto o satélite dela – uma galáxia elíptica anã de cerca de 50.000 anos-luz de tamanho. A Via Láctea também tem um satélite semelhante. Esta é a galáxia M31, mais conhecida como Galáxia de Andrômeda.