O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (17) que não discute "publicamente" a crise que tomou conta do PSL, acrescentando que se houve grampo em seu telefone trata-se de "uma desonestidade".
"Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade", disse Bolsonaro ao falar com jornalistas na saída do Palácio do Planalto nesta manhã.
No áudio revelado na última quarta-feira (16), divulgado pelo revista Época, o presidente Jair Bolsonaro articula uma lista de assinaturas pela tirar o deputado Delegado Waldir (GO) do cargo de líder do PSL na Câmara.
"Olha só, nós estamos com 26, falta só uma assinatura pra gente tirar o líder, tá certo, e botar o outro. E gente acerta, e entrando o outro agora, em dezembro tem eleições para o futuro líder a partir do ano que vem", diz o presidente no áudio.
PSL em crise
A crise que tomou conta do PSL estourou na semana passada quando Bolsonaro recomendou a um apoiador que se disse pré-candidato pelo partido a "esquecer" o PSL, pois o presidente nacional da sigla, deputado federal Luciano Bivar (PE), estaria "queimado".
Bivar, que é ligado ao delegado Waldir, reagiu afirmando que a declaração era "terminal" na relação entre o presidente Bolsonaro e o PSL.
A ala pró-Bolsonaro dentro do PSL alega que Luciando Bivar não está cumprindo com a devida transparência nas contas partidárias.