"Attaullah Khogyani, porta-voz do governador de Nangarhar, confirma que 62 pessoas morreram e quase 60 ficaram feridas durante a oração de sexta-feira por causa das explosões de hoje em uma mesquita na região de Jaw Dara, no distrito de Haska Meyna de Nangarhar", segundo publicou pelo Twitter o canal Tolo News.
A agência Pajhworf informou que as explosões foram causadas pelo lançamento de foguetes. O impacto no templo provocou a derrubada do teto da mesquita, que acabou atingindo os fiéis. Há crianças e mulheres entre as vítimas.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado. No entanto, um porta-voz do grupo Talibã condenou o ataque desta sexta-feira.
Afeganistão vive período de turbulência
Apesar da forte presença militar dos Estados Unidos e aliados, o Afeganistão vive um período instável devido aos ataques realizados pelos talibãs e, desde 2015, pelo Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e vários outros países).
Até o momento, os talibãs condicionam o processo de paz à retirada das tropas estrangeiras. O movimento insiste em formalizar o calendário de negociações com os EUA, e não com o governo afegão.
A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) registrou entre janeiro e setembro deste ano 8.239 vítimas civis em ataques, sendo 2.563 mortos e 5.676 feridos.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (17), a ONU afirmou que o conflito no país está provocando um número recorde de vítimas fatais, e que em julho morreram mais civis do que em qualquer outro mês desde que as estatísticas começaram a ser contabilizadas.
"As cifras recorde de baixas civis mostram claramente a necessidade de que todas as partes prestem muito mais atenção à proteção da população civil, o que inclui um exame exaustivo das condutas em combate", afirmou Tadamichi Yamamoto, representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão, segundo publicado pela agência AP.