A companhia aérea australiana Qantas testa na noite de sexta-feira (18) o voo comercial mais longo do mundo para descobrir os limites até onde podem suportar tanto os passageiros como a tripulação e os pilotos. Pela primeira vez, um avião vai efetuar um voo entre os EUA e Austrália sem nenhuma escala, informou a companhia aérea australiana.
A aeronave é um Boeing 787 Dreamliner, recém-fabricado, que viaja com somente 50 pessoas a bordo, incluindo a tripulação, para reduzir peso e aumentar seu alcance.
Este voo tem como objetivo realizar uma pesquisa cientifica do estado de saúde de seus ocupantes, minimizar o jet lag (alteração do ritmo biológico que ocorre após mudanças do fuso horário em longas viagens de avião), identificar os períodos ideais de descanso e trabalho da tripulação.
We're embarking on three research flights to help plan how we care for passengers & crew on future long-haul flights. New #787Dreamliners will fly non-stop flights from #NYC & #London to #Sydney, fully carbon-offset with only 40 people onboard. Read more:: https://t.co/Z5DtaZuHV9 pic.twitter.com/38YWQKF0j5
— Qantas Airways USA (@QantasUSA) August 23, 2019
Vamos embarcar em três voos de pesquisa para ajudar a planejar como cuidar dos passageiros e tripulação em futuras viagens de longa distância. Novos 787 Dreamliner vão voar sem escalas de Nova York e Londres a Sidney, com compensação total de carbono, com apenas 40 pessoas a bordo.
Objetivo do voo é realizar pesquisa cientifica
Os especialistas irão tentar "enganar" corporalmente os passageiros para que se situem no horário de Sidney, que na decolagem será meio-dia de sábado. As luzes na cabine permanecerão intensas durante as primeiras seis horas e os passageiros terão dispositivos nos seus pulsos para controlar o sono e seus movimentos.
Para manter os passageiros despertos durante o tempo que seja necessário e revigorar o corpo eles receberão comida picante. À medida que o Sol desaparece no local do destino, as luzes da cabine também irão se apagar, o menu irá ser composto de alimentos ricos em carboidratos para incentivar o sono.
O voo, que foi chamado de "Kookaburra", partiu do aeroporto John. F. Kennedy de Nova York às 9 da noite (horário local) e irá aterrissar em Sidney aproximadamente 20 horas depois. Nunca antes uma companhia aérea tinha realizado um voo de 16.200 quilômetros sem escala, que é a distância entre estas duas cidades.