A declaração foi feita durante depoimento transmitido ao vivo na Comissão de Transparência do Senado, na qual se apresentou para responder a perguntas de outros parlamentares sobre as denúncias. Álvaro Antônio é presidente licenciado do partido em Minas Gerais.
"Me sinto injustiçado neste indiciamento, mas continuo confiando no trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público, continuo confiando na Justiça, que vai ser o melhor âmbito para provar a minha total inocência neste caso", afirmou.
No início do mês, ele foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por crime eleitoral de omissão na prestação de contas de campanha e pelo crime de associação criminosa. O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais apresentou denúncia contra o ministro por falsidade ideológica, apropriação indébita eleitoral e associação criminosa.
O PSL vive uma crise interna devido, entre outras razões, às acusações de que a sigla teria montado um esquema de caixa dois alguns estados. A sigla teria desviado durante a campanha de 2018 verba destinada à cota obrigatória de candidaturas de mulheres. Por lei, cada sigla deve garantir o mínimo de 30% de candidatas do sexo feminino.
Na época, Álvaro Antônio estava à frente do diretório mineiro. De acordo com a PF, o político tinha controle dos repasses do fundo partidário.
'Não tinha ciência do que estava ocorrendo no partido'
Apesar de declarar inocência, em alguns momentos ele não negou que o PSL possa ter cometido atos irregulares. "Não há nenhuma comprovação que eu tivesse envolvimento ou sequer ciência do que estava ocorrendo no partido, onde, segundo a autoridade policial, há indícios de algumas irregularidades. Se houve irregularidades ou não, eu não tenho condições de falar antes de ser julgado pela Justiça", afirmou.
Em outra parte da audiência, garantiu que em Minas Gerais não houve candidaturas laranjas: "Realmente, o PSL em Minas Gerais não teve essa prática".