Tal decisão foi tomada devido a receios de que os sinais do GPS possam ser interrompidos, por exemplo, pela Rússia, informou a edição belga De Morgen na terça-feira (22), citando fontes.
"A liderança militar está preocupada com a vulnerabilidade dos dispositivos GPS", escreve a publicação, apontando para a experiência da OTAN com o grande exercício do ano passado Trident Junction, no norte da Noruega.
Anteriormente, o Ministério da Defesa norueguês e o Ministério das Relações Exteriores finlandês acusaram a Rússia de interferir no funcionamento do sistema GPS durante os exercícios da OTAN Trident Juncture, que tiveram lugar de 25 de outubro a 7 de novembro de 2018.
OTAN declarou que considera perigoso e irresponsável criar interferências com os sinais do GPS, que também é utilizado para fins civis. De acordo com a edição, "durante os exercícios e treinamentos é dada cada vez mais atenção à utilização de mapas de estado-maior e à navegação por bússola”. O Ministério da Defesa se recusou a comentar esta informação "por razões de segurança operacional".
Reação do lado russo
O secretário-assistente do Conselho de Segurança da Rússia, Aleksandr Venediktov, disse que o incidente com a falha do GPS nos exercícios da OTAN Trident Juncture ficou encerrado poucos dias após a troca de opiniões com a Finlândia.
Representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, não excluiu que a Noruega pudesse usar o escândalo em torno do GPS durante os exercícios da OTAN para desviar a atenção dos problemas internos.
Porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas que "agora há uma tendência de acusar a Rússia em geral de todos os pecados mortais e outros", mas, como regra, "essas acusações não têm fundamento".