A declaração foi feita quando ele partia de Tóquio para a China, segunda etapa de sua viagem pela Ásia e Oriente Médio.
"Por aqui mesmo a gente já pede o agrèment e formaliza", disse Bolsonaro, segundo citado pela agência Reuters. "É uma pessoa bem-quista, é um quadro exemplar, tem tudo para dar certo", complementou.
Para nomeação ser formalizada, Forster precisa aceitar o convite formal do ministério das Relações Exteriores. Depois, seu nome precisa ser aprovado pelos EUA e pelo Senado.
A indicação do diplomata surgiu após o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) desistir do cargo. Ele ainda não tinha passado pela sabatina no Senado e existia dúvidas sobre a possibilidade de ser aceito para o posto. Eduardo foi nomeado o novo líder do PSL na Câmara e concentrará seus esforços em conter a crise no partido.
Amigo do chanceler e seguidor de Olavo
Amigo do chanceler Ernesto Araújo e ligado a Olavo de Carvalho, um dos mentores do bolsonarismo, Forster atualmente é o encarregado de negócios da embaixada em Washington. Antes do presidente afirmar que indicaria seu filho para o cargo de embaixador, o diplomata era o nome mais cotado para o posto.
"Eu falei para o Ernesto que dificilmente alguém vai recusar uma honrosa missão em Washington. Mas temos que ouvi-lo antes de anunciar. Isso está nas mãos do Ernesto", afirmou Bolsonaro.
Forster segue os padrões conservadores do governo bolsonaro, mas nunca chefiou oficialmente uma embaixada. Ele foi promovido a ministro de primeira classe, cargo equivalente a embaixador, em junho deste ano, em preparação para ser indicado para a posição em Washington.
O Brasil está sem embaixador em Washington desde abril, quando Sérgio Amaral, indicado no governo Temer, foi retirado do posto por ordem de Bolsonaro. Na prática, o chefe da embaixada no momento é Forster.
"A princípio, como ele já está lá, é um grandão, conhece muito bem, desatou muito bem, é uma pessoa ativa e seria um bom nome para Washington", avaliou Bolsonaro.