"Nossa operação foi bem-sucedida. Mas se os terroristas reaparecerem na zona que negociamos, temos o direito de eliminá-los. E se eles continuarem atacando, continuaremos nossa operação", disse Erdogan.
Segundo ele, a Turquia sempre considerou a opção militar como medida extrema.
"Mas o processo nos trouxe aqui. Informamos a todos sobre o início da operação. Mas não somos obrigados a pedir permissão a ninguém. Finalmente, nossos parceiros nos ouviram. Primeiro, concordamos com os Estados Unidos sobre a retirada de terroristas em 120 horas. Após o prazo, os Estados Unidos nos notificaram por escrito que o acordo foi cumprido da parte deles. Na terça-feira, chegamos a um acordo com a Rússia", disse o líder turco.
Segundo ele, sete soldados turcos foram mortos durante a operação das Forças Armadas da Turquia na Síria, enquanto o Exército Nacional Sírio da oposição teve 96 baixas.
"Assumimos o controle de 4.220 quilômetros quadrados. Agora controlamos 120 quilômetros dos 444 quilômetros de extensão da zona, o resto [controlaremos] junto com a Rússia", acrescentou Erdogan.
A Turquia anunciou em 9 de outubro o lançamento da operação Fonte de Paz no nordeste da Síria. De acordo com Erdogan, o objetivo de Ancara foi criar uma zona tampão para servir como um cinturão de proteção para a fronteira turca.
Acordo entre Rússia e Turquia
Na última terça-feira (22) os presidentes da Rússia e da Turquia assinaram um memorando para regular a situação no nordeste da Síria. O documento prevê que as milícias curdas devem se afastar a uma distância mínima de 30 km da fronteira com a Turquia.
Após a retirada, forças russas e turcas iniciariam patrulhas conjuntas na região de fronteira, com um recuo máximo de 10 km para dentro do território sírio. As patrulhas serão feitas nas regiões a leste e a oeste da região na qual a Turquia mantém a operação Fonte de Paz, à exceção da cidade de al-Qamishli.