O documento, revelado pela Folha de S.Paulo, foi encaminhado à Executiva Nacional do PSL. A legenda vive uma crise desde que surgiram denúncias de que o partido utilizou candidaturas laranjas nas eleições de 2018. O racha aumentou nas últimas semanas, com uma disputa entre grupo que apoia Bivar e os bolsonaristas.
O texto da representação acusa Eduardo de "colocar seus interesses pessoais à frente dos interesses do partido". Além disso, afirma que ele atua para "desmontar o partido no estado" de São Paulo, e que derrubou de "maneira ilegal" mais de 200 diretórios definitivos e comissões executivas municipais.
Na segunda-feira (21), o filho do presidente Jair Bolsonaro substituiu o colega de legenda Delegado Waldir na liderança da Câmara. Uma lista assinada por 29 deputados do PSL pedia a mudança. O líder da sigla no Senado, Major Olímpio, ironizou e disse que Eduardo não venceria sequer um "cone" numa votação dentro do PSL.
Banca paulista assinou representação
Agora, a representação para expulsar o novo líder é mais um capítulo das desavenças, que envolve também disputa para controlar o fundo partidário da sigla, que pode chegar a R$ 110 milhões. O documento, de acordo com a Folha, foi assinado por Olímpio e deputados da bancada paulista da legenda, Abou Anni, Coronel Tadeu, Joice Hasselmann e Júnio Bozzella.
Os parlamentares pedem ainda a destituição da Direção Estadual do PSL em São Paulo, atualmente comandada por Eduardo. De acordo com as regras da legenda, o deputado, que desistiu de sua indicação para a embaixada dos EUA devido à crise, tem agora cinco dias para apresentar sua defesa.
"O representado Eduardo Bolsonaro já deu diversas declarações públicas à imprensa de que está montando o partido com o seu grupo", diz o documento.