A pesquisa, publicada pelo jornal La Tercera, fez entrevistas entre quarta e quinta-feira. O levantamento, portanto, foi realizado antes das manifestações de sexta-feira, quando um milhão de pessoas esteve nas ruas de Santiago para pedir mudanças no modelo social e econômico do país.
Segundo o La Tercera, a taxa de aprovação de Piñera é a mais baixa desde o fim do regime militar do ditador Augusto Pinochet (1973-1990). O recorde anterior era de Michelle Bachelet, que era aprovada por 18% da população em março de 2016.
O Chile, o maior produtor mundial de cobre, é uma das economias de mercado livre mais prósperas e estáveis da região. Mas a desigualdade arraigada e os custos de vida crescentes provocaram protestos maciços e às vezes violentos na semana passada.
Cenas semelhantes aconteceram em cidades de todo o mundo nos últimos meses, de Hong Kong a Beirute e Barcelona, compartilhando a mesma raiva das elites dominantes, ressalta a agência de notícias Reuters.
Os protestos começaram no Chile após o aumento no preço da passagem do metrô, medida que acabou cancelada pela pressão popular. Ainda assim, os manifestantes não deixaram as ruas e os protestos ganharam volume e 17 pessoas morreram em tumultos ligados aos atos e outras 7 mil foram presas.