A eleição mais aguardada, a presidencial, tem 6 candidatos na disputa pelo mandato de 4 anos. Apenas dois candidatos despontaram nas primárias realizadas no dia 11 de agosto deste ano, a exemplo da polarização política que se instalou na Argentina.
Na época, o candidato Alberto Fernández, do partido Frente de Todos, levou a melhor, com 47% dos votos. Fernández tem em sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.
Logo em seguida, ficou o atual presidente Mauricio Macri, do Juntos pela Mudança, que alcançou 32% dos votos e faz um esforço de campanha desde então para tentar um segundo turno nas eleições.
Para vencer em primeiro turno, um candidato à Presidência na Argentina deve obter 45% dos votos ou mais, ou então 40% dos votos com uma diferença de 10% para o segundo colocado.
Além da eleição presidencial, serão decididas as lideranças nos distritos mais importantes do país, a cidade e a província de Buenos Aires, que estão nas mãos da situação. A expectativa é que o partido de Macri se mantenha na capital enquanto na região a vitória tende ao kirchnerismo.
Crise econômica e protestos
A Argentina vive uma crise econômica e aumento da pobreza. Recentemente o país pediu moratória ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por não reunir condições para pagar o empréstimo de US$ 50 bilhões tomado durante o governo Macri. A expectativa do próprio FMI é de que a economia Argentina encolha 3,1% neste ano.
Mesmo com a crise, o atual presidente conseguiu ser o segundo colocado nas primárias e se dedica a conquistar mais votos desde então e evitar a vitória de Fernández ainda no primeiro turno.
A eleição é observada pelas lideranças regionais de perto, uma vez que os países da região vivem protestos de massa contra o neoliberalismo - caso do Equador e Chile - e é a bola da vez na polarização regional entre direita e esquerda. A mais recente eleição nesse modelo foi a da Bolívia, que teve a vitória em primeiro turno de Evo Morales sobre o principal adversário, Carlos Mesa.