"Nós não contemplamos voltar ao estado de emergência, com carabineiros [polícia militarizada] e a promotoria ordenaremos a cidade e buscaremos os agressores", afirmou ela em uma coletiva de imprensa.
A funcionária do governo fez um balanço de mais um dia de manifestação, condenando os confrontos registrados em Santiago e outras cidades. A onda de protestos começou no dia 14 de outubro no país.
O estopim foi o aumento das passagens de metrô, mas depois as demandas se expandiram para uma insatisfação generalizada com o custo de vida, saúde, pensões e educação. Para fazer frente à crise, o presidente Sebastián Piñera decretou toque de recolher e estado de emergência.
Depois, acabou cedendo, congelou as tarifas do transporte e energia e anunciou um pacote de medidas sociais e econômicas para atender algumas exigências dos manifestantes.
'Violência, delinquência e caos'
Santiago terminou a segunda-feira com um centro comercial e um hotel em chamas. "No Chile vemos duas imagens, um claro cartão-postal de uma manifestação pacífica, enquanto por outro lado vemos violência, delinquência e caos", disse Rubilar.
Ela fez um chamado para "todos os setores políticos, todas as organizações e toda a população condenarem a violência". Segundo a porta-voz, os responsáveis pelos distúrbios são pessoas organizadas, "um grupo de sete mil pessoas que acreditam que podem tomar Santiago". Em várias cidades do país ocorreram incidentes violentos, barricadas e choques com a polícia.
Até o momento, 19 pessoas morreram na onda de protestos, cinco delas em ações das forças de segurança. Os manifestantes denunciam repressão violenta, incluindo prisões arbitrárias e até mesmo tortura. As Nações Unidas anunciaram que vão enviar uma missão para o país para investigar violações dos direitos humanos.