Em vídeo publicado em seu Facebook, o chefe de Estado, que está em visita oficial à Arábia Saudita, se defendeu das suspeitas levantadas na reportagem na qual seu nome é citado dizendo não ter ligações com Marielle ou com os responsáveis pelo seu assassinato e de seu motorista, Anderson Gomes.
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 30, 2019
Na filmagem, divulgada pouco depois do fim da edição, o presidente discursa por mais de 20 minutos, tratando de diferentes assuntos nos quais, segundo ele, teria sido vítima de perseguição. Além de acusações diretas à atuação da Globo, Bolsonaro também critica a justiça do Rio de Janeiro e o governador do estado, Wilson Witzel, pelo vazamento do processo, que corre em segredo.
De acordo com o presidente, ele e sua família estão sendo perseguidos há tempos por pessoas e organizações interessadas em sua queda. E, nessa tentativa de manchar sua imagem e de seus familiares, acabam atuando contra o Brasil.
Por várias vezes, o presidente se refere aos profissionais da TV Globo como "canalhas" e pergunta quais são as verdadeiras intenções da emissora.
"Querer me vincular à morte da Mariella [Marielle Franco]. Seus patifes da TV Globo! Seus patifes! Canalhas! Não vai colar", esbraveja Bolsonaro, afirmando que não tinha "motivos para matar quem quer que seja no Rio de Janeiro".
Após uma série de acusações aos gritos, o presidente, que reforçou a informação de que estava em Brasília no dia do crime, diz, ao final, em tom mais calmo, que tem uma grande responsabilidade e o compromisso de tirar o Brasil do buraco, se desculpando por ter se alterado.