De acordo com a publicação da revista Veja, divulgada na terça-feira (29) o porteiro do condomínio onde Bolsonaro mantém sua residência no Rio disse que o suposto assassino de Marielle Franco, Élcio de Queiroz, pediu para ir à casa de presidente no dia do assassinato, em 14 de março de 2018. Ele teria entrado após ser autorizado por alguém com a voz de Bolsonaro e se dirigido para a casa do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado da morte da vereadora Marielle Franco.
De acordo com o advogado Frederick Wassef, a citação de Bolsonaro no depoimento sobre o caso Marielle por parte do porteiro é fruto de "forças ocultas" que agem para "tentar destruir a vida de Bolsonaro".
Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (30), Wassef questionou o fato de que a investigação ouviu apenas o porteiro, sem buscar outras testemunhas ou imagens do circuito interno.
"Não estou afirmando, mas perguntando: houve prevaricação ou eles resolveram fazer essa investigação de forma limitada e simplória de propósito?”, questionou Wassef.
O advogado Frederick Wassef, que conversou com o presidente na noite de terça-feira, destacou que Bolsonaro estava em Brasília, na Câmara dos Deputados, no dia do fato apontado pela investigação e negou que o presidente tenha atendido o ex-policial militar Élcio Queiroz.
"Não existe essa hipótese, nenhum mecanismo, de quem quer que seja ter acionado o então deputado Jair Bolsonaro. Ninguém interfonou, nem procurou ninguém, na casa de Jair Bolsonaro no dia 14 de março de 2018. O interfone não tocou lá. Ninguém era esperado. Não aconteceu nada", afirmou o advogado.