Estimativas apontam que a economia norte-americana sofreu desaceleração no terceiro trimestre, apesar de ainda não ter atingido níveis recessivos.
A economia sofre com os efeitos da "guerra comercial" com a China, que prejudicou a confiança de consumidores e empresas no desempenho econômico do país.
Ademais, os estímulos ao crescimento advindos da reforma fiscal, que cortou US$ 1,5 trilhões (cerca de RS$ 5,9 trilhões) em impostos, e de generosos gastos com a defesa parecem estar se esgotando.
Caso as estimativas se concretizem, a economia dos EUA não irá cumprir, mais uma vez, a ambiciosa meta da Casa Branca de 3,0% de crescimento anual.
O relatório do PIB deve anunciar uma alta na inflação para o terceiro trimestre, cujos níveis, no entanto, ainda se mantêm moderados.
Déficit comercial
O déficit comercial deve sofrer redução em relação ao segundo trimestre, o que aparentemente está em consonância com a bandeira de campanha de Donald Trump.
No entanto, conforme declarou o economista chefe do Barclays, Michael Gapen, à Reuters, a queda no déficit comercial pode mascarar um enfraquecimento abrangente da economia.
"O comércio internacional norte-americano está desacelerando em volume, e o baixo crescimento global e a política comercial dos EUA estão por trás disso", declarou Gapen.
O economista aponta que a queda no volume de comércio já se assemelha aos níveis atingidos durante a recessão industrial de 2015-2016, o que poderia "desacelerar ainda mais a atividade econômica nos EUA".