Khamenei declarou que os protestos em massa nos dois países, ambos com boas relações com Teerã, foram influenciados pelos EUA, Israel e "alguns países ocidentais". Ele afirmou que a agitação foi financiada por "países reacionários" na região, um termo usado pelas autoridades iranianas para descrever a Arábia Saudita e seus aliados árabes.
O líder iraniano pediu aos manifestantes que exigissem ação de seus respectivos governos apenas por meios legais, dizendo que a alternativa resultaria em caos.
"As pessoas têm demandas justificáveis, mas devem saber que suas demandas só podem ser atendidas dentro da estrutura e estrutura jurídica de seu país. Quando a estrutura legal é interrompida em um país, nenhuma ação pode ser executada", escreveu Khamenei no Twitter.
Falando a um grupo de cadetes do Exército iraniano durante sua cerimônia de formatura nesta quarta-feira, Khamenei afirmou que os inimigos de um país podem causar o maior dano possível ao interromper sua segurança.
Nos últimos tempos, o Iraque e o Líbano testemunharam ondas de indignação pública, com a raiva das pessoas focada em várias questões domésticas. Na terça-feira, Saad Hariri deixou o cargo de primeiro-ministro do Líbano, submetendo-se às demandas dos manifestantes, que acusaram seu governo de corrupção e de levar o Líbano a um colapso econômico.
O governo iraquiano declarou um toque de recolher na capital Bagdá a partir de segunda-feira, respondendo a uma onda de protestos violentos nos dias anteriores. Segundo informações, cerca de 60 pessoas foram mortas em meio à mais recente onda de descontentamento com o governo do primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi.