Conforme publicou o site especializado Consultor Jurídico, o inquérito solicitado pelo ministro inclui participação da Polícia Federal.
O pedido de inquérito junto à Procuradoria Geral da República (PGR) ocorre algumas horas após o presidente da República afirmar que acionaria o ministro da Justiça para averiguar o depoimento do porteiro. Para Bolsonaro, a divulgação do depoimento é uma tentativa de prejudicá-lo.
Atenção: ministro Sérgio Moro acaba de enfiar ofício à PGR pedindo a instauração de um inquérito em conjunto com a PF para apurar as circunstâncias do depoimento do porteiro do condomínio de Bolsonaro. pic.twitter.com/VHDEP74C68
— Tabata Viapiana (@tah_viapiana) October 30, 2019
A afirmação de Bolsonaro veio através de uma transmissão ao vivo feita durante a madrugada após reportagem no Jornal Nacional, da TV Globo. A reportagem revelou que o nome do presidente foi citado na investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Segundo a reportagem, Élcio de Queiroz, suspeito da morte de Marielle, esteve no condomínio onde morava Ronie Lessa - acusado de ser o autor dos disparos contra Marielle - com a autorização de Bolsonaro. A visita de Queiroz a Lessa teria acontecido no dia 14 de março de 2018, horas antes do assassinato. Lessa e Bolsonaro são donos de casas no mesmo condomínio no Rio de Janeiro.
Na transmissão, Bolsonaro negou qualquer envolvimento no caso e atacou a Rede Globo e também o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que acusou de usar a investigação contra ele.