O plano de ataque seria parte da estratégia de contenção da Rússia e da China, tendo como contexto central um conflito entre superpotências.
"Algumas vozes influentes no governo sugerem estratégias de escalada horizontal", diz o artigo publicado por Elbridge Colby e David Ochmanek na revista americana Foreign Policy em relação à política de Washington para a Rússia e a China.
Ainda segundo os autores, a estratégia de escalada horizontal traz consigo o "aumento do campo de batalha" entre as superpotências de maneira que o inimigo gaste maiores recursos em novas áreas de conflito longe de sua zona de interesse inicial, ao passo que os Estados Unidos utilizariam seu poder militar em qualquer lugar do mundo contra a Rússia e a China.
Seguindo essa lógica, a estratégica remonta a possibilidade de atacar forças russas na Crimeia e na Síria, caso a Rússia tome o Báltico.
Desta forma, um possível ataque contra forças russas em pontos mais afastados (do centro de seu território) poderia desanimar Moscou de usar sua força em outras regiões do planeta.
Em uma situação mais séria, a estratégia propõe um ataque contra o Extremo Oriente da Rússia e o oeste da China. Também são previstos ataques contra pontos estratégicos para a economia e a sociedade do país.
Resultado catastrófico
Segundo os autores do artigo, esta estratégia poderia ter "resultados catastróficos". Considerando as inúmeras formas de reação disponíveis para a Rússia e a China, os Estados Unidos poderiam sofrer um ataque de resposta destrutivo.
"Tanto a Rússia quanto a China possuem redes de mísseis, radares, sistemas de guerra eletrônica formidáveis", escreveu a revista.
A revista também disse que a estratégia é rejeitada pelo Pentágono, apesar da influência dos teóricos no governo americano.
Contudo, segundo o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, seus membros devem gastar mais em defesa para que a aliança "esteja pronta para o futuro".
A visão de Stoltenberg preocupa a chancelaria russa, ao passo que a OTAN atualmente gastará neste ano mais de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 4 trilhões) em defesa, conforme publicou o Daily Sabah. O montante é por volta de 20 vezes maior que o orçamento militar da Rússia.