O discurso foi o primeiro passo oficial de Corbyn na campanha para as eleições legislativas do dia 12 de dezembro.
"É a oportunidade única em uma geração de transformar nosso país, enfrentar os interesses adquiridos que impedem as pessoas de avançar e garantir que nenhuma comunidade seja relegada", disse ele em Battersea, ao sul do rio Tamisa.
Corbyn mencionou a sonegação de impostos como o principal medo dos bilionários que, alertou, "lutarão mais e de forma mais suja do que nunca".
Com o slogan do partido trabalhista, "Para muitos, não para poucos", impresso no fundo do palco, o líder da esquerda britânica identificou, com nome e sobrenome, "fraudadores de impostos", "proprietários não confiáveis", "maus chefes" e "poluidores".
Entre eles, mencionou o duque de Westminster, o empresário Mike Ashley, o magnata da comunicação Rupert Murdoch e Sir Jim Ratcliffe, presidente do grupo químico Ineos.
Corbyn atribuiu responsabilidade ao primeiro-ministro, Boris Johnson, por mais um adiamento do Brexit, que tinha data limite marcada para este 31 de outubro e foi adiado para 31 de janeiro de 2020.
“Boris Johnson prometeu que deixaríamos a União Europeia hoje, ele disse que preferia morrer na sarjeta a aceitar outro adiamento; ele falhou e o fracasso é apenas seu”, afirmou.
O político britânico respondeu àqueles que questionavam sua prontidão para continuar liderando a batalha e observou que gosta de fazer seu "trabalho, conversar com pessoas, sair em campanha" e que chefiará "orgulhosamente um governo trabalhista".
As eleições legislativas no Reino Unido ocorrerão em 12 de dezembro e decorrem de uma tentativa de Boris Johnson de obter uma maioria parlamentar com o objetivo de aprovar o Brexit na próxima data.