Em entrevista à agência de notícias Reuters na Arábia Saudita, Mnuchin não descartou a renegociação do programa de pagamento, mas disse que qualquer pedido de mudança desse tipo teria que ser considerado pelo FMI de maneira conjunta com o plano econômico da Argentina.
Com os Estados Unidos controlando 16,5% do poder de voto do Fundo, o chefe do Tesouro é uma voz importante na hora de decidir os rumos do FMI.
A ira do público contra medidas de austeridade fiscal exigidas pelo FMI foi um fator-chave na eleição de domingo do candidato peronista Alberto Fernández, que irá substituir Mauricio Macri.
Fernández disse repetidamente durante sua campanha que renegociaria o empréstimo e sugeriu estender o vencimento da dívida para reduzir os pagamentos. Os mercados financeiros do país estiveram tensos nesta quarta-feira (30), esperando o rumo que Fernández irá tomar.
"Eles têm um compromisso com o FMI. Nossa expectativa é que este governo defenda esse compromisso e, se pedirem mudanças, como qualquer outro país, o FMI analisará sua solicitação como parte de seu plano econômico", afirmou Mnuchin. "Queremos ver o povo da Argentina, e sua economia, indo bem. Nossos interesses são apoiar o povo", acrescentou.