Segundo José Gil Olmos, importantes figuras revolucionárias e líderes políticos mexicanos têm recorrido ao ocultismo por mais de um século. A razão disto seria a sede pelo poder e as lutas no cenário político do país, o que tem levado as autoridades a realizar sacrifícios e consultar bruxos.
Embora o autor de "Los Brujos del Poder" descreva o lado místico de muitos dirigentes mexicanos ainda do início do século passado, os casos mais interessantes envolveram personalidades políticas atuais.
Entre elas estaria Margarita Zavala, primeira-dama do México entre 2006 e 2012 e deputada do Congresso Mexicano de 2003 a 2006.
Xale 'mágico'
Segundo diz Gil Olmos, Zavala teria um xale "mágico" que usava em sua vestimenta enquanto seu marido, Felipe Calderón, era presidente, publicou as palavras de Gil o portal Infobae.
"Para ela, dessa peça provinha sua força e energia, porque assim lhe tinha dito um bruxo que a apresentou a Elba Esther Gordillo [líder sindical do país]", escreveu Gil Olmos.
Matar um leão
Por sua vez, Elba Esther Gordillo, líder do Sindicado Nacional dos Trabalhadores da Educação e política mexicana, teria ido até a Nigéria encontrar-se com um bruxo de vodu para fazer um feitiço que lhe protegeria de um "poderoso inimigo político", o então presidente Ernesto Zedillo.
Ainda de acordo com o jornalista, teve que se matar um leão e lavar Elba Gordillo com seu sangue durante o ritual.
Enfeitiçando o presidente
A forte relação com o ocultismo de Elba Gordillo teria lhe ajudado a assessorar mais de uma primeira-dama mexicana, como conta Gil Olmos. Entre elas estaria Marta Sahagún, segunda esposa do ex-presidente Vicente Fox, que governou entre 2000 e 2006.
Marta teria usado artes mágicas para enfeitiçar Fox para que este se casasse com ela. Uma vez casada, a primeira-dama recorreu ao ocultismo para exercer poder sobre o marido. Ao mesmo tempo, Sahagún desejava ocupar o posto de presidente após o fim do mandato de Vicente, como disse Olmos.
Segundo o jornalista, suas revelações foram fruto de suas viagens como repórter, baseadas em histórias comprovadas por sua investigação jornalística.