Segundo publicou em sua conta no Twitter, o deputado federal pretende negociar ao longo da semana junto ao seu partido e os líderes da oposição a proposta de impedimento do presidente brasileiro.
É escandaloso! A ação de Bolsonaro em relação à interceptação dos arquivos da portaria de seu condomínio configura obstrução de justiça e crime de responsabilidade. Trata-se de violação de provas do assassinato de Marielle Franco. Não vamos admitir! #ChegadeBolsonaro pic.twitter.com/pzZ0TozNdD
— David Miranda (@davidmirandario) November 2, 2019
A base para o pedido seria uma acusação de obstrução de justiça. Isso porque Bolsonaro assumiu ter recolhido gravações de ligações entre sua casa e a portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, para "evitar adulterações".
As ligações que Bolsonaro diz ter pegado se tornaram importantes elementos para a investigação do caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, após uma reportagem da TV Globo afirmar que o presidente foi citado nas investigações.
Mais tarde, Bolsonaro negou que o caso seja de obstrução de justiça, afirmando que tal acusação seria "forçação de barra", segundo publicado pelo site "o Antagonista".
Citação no caso Marielle
Na terça-feira (29), reportagem publicada pela TV Globo no Jornal Nacional revelou que o presidente foi citado durante as investigações pelo porteiro do condomínio.
O porteiro teria afirmado aos investigadores que Bolsonaro liberou a entrada no condomínio de um dos suspeitos do assassinato de Marielle.
A reportagem também aponta que no mesmo dia o presidente, então deputado federal, estava em Brasília.
No dia seguinte da publicação da reportagem, o Ministério Público do Rio de Janeiro deu coletiva de imprensa afirmando que o porteiro havia mentido e que uma perícia foi realizada nas gravações. Além disso, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, também pediu à Procuradoria Geral da República que investigasse o inquérito.