Na ocasião, Díaz-Canel discursava no Encontro Anti-Imperialista de Solidariedade pela Democracia contra o Neoliberalismo, na capital cubana.
O chefe de Estado cubano analisou o cenário político em países latino-americanos como a Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil, acusando a Organização dos Estados Americanos (OEA) de ser um instrumento de Washington.
"Como não me rir da OEA se ela é uma coisa tão feia, mas tão feia que me faz rir [...] A OEA se consolida como instrumento de pressão política dos EUA e das oligarquias que defendem o neoliberalismo", afirmou Díaz-Canel.
As palavras do presidente se referiram ao momento em que seu país foi expulso da organização tendo como fundo a Revolução Cubana, conforme publicou o Granma.
Díaz-Canel também acusou os EUA de não aceitarem as diferenças políticas e ideológicas no mundo, em particular na América Latina. Se referindo a "ingerências" no continente, o presidente cubano disse que a "América Latina e o Caribe enfrentam o retorno da Doutrina Monroe".
Doutrina Monroe
Em 1823, o presidente dos EUA James Monroe declarou uma doutrina política, conhecida como Doutrina Monroe, no qual repudiava a interferência de potências europeias no continente americano.
No entanto, se por um lado a doutrina parecia ser contra o colonialismo europeu no hemisfério ocidental, por outro ela teria servido como instrumento de fortalecimento da posição de lierança dos EUA no continente.