Na edição de 2019 o Brasil recebeu o índice 64 (numa escala de 0 a 100), contra 69 em 2018. Desse modo, desceu para a categoria de país com Internet "parcialmente livre", informou Agência Brasil.
O Brasil está entre os países que mais retrocederam em relação a 2018, com Sudão, Cazaquistão, Bangladesh e Zimbábue. São locais, nos quais foram realizadas ações coordenadas para influenciar eleições e processos políticos nos últimos anos, como também nos Estados Unidos, no Egito e na Tailândia.
"Atores não identificados realizaram ciberataques contra jornalistas, entidades governamentais, usuários engajados, com a manipulação das redes sociais alcançando novo patamar", descreve o relatório.
Além disso, foi medido o acesso à Internet, cujo índice de pessoas conectadas em 70% foi considerado insuficiente em comparação com médias de nações da América do Norte, da Europa e da América Latina. Por outro lado, a pesquisa elogia políticas públicas, como o programa do governo federal Internet para Todos, mas aponta problemas, como as desigualdades no acesso à rede entre ricos e pobres.
A pesquisa não identificou medidas de autoridades para bloquear mensagens, mas detectou iniciativas de políticos para censurar conteúdos, bem como das plataformas digitais.
Os autores da pesquisa destacaram a importância do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965), mas apontaram diversas tentativas de regulação. Por outro lado, o documento celebra a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709 de 2018).
Entre as 65 nações analisadas pelo estudo, 20% foram consideradas "livres", 32% "parcialmente livres" e 35% "não livres". Islândia, Estônia, Canadá, Alemanha e Austrália estão no topo. As piores colocações foram de China, Irã, Síria, Cuba e Vietnã.