As filmagens foram registradas secretamente no porto de Aden, controlado pela Arábia Saudita, exibem o descarregamento de um novo lote de armas para a coalizão no final de outubro, incluindo um veículo blindado americano Oshkosh.
As autoridades iemenitas, apoiadas pela coligação saudita, teriam feito uma série de detenções na tentativa de identificar o autor do vazamento.
Legisladores americanos pediram recentemente à administração Trump a suspensão da assistência à coligação saudita.
Em fevereiro, uma investigação da CNN revelou que as armas dos EUA entregues à coalizão estavam chegando aos grupos de milícias locais, incluindo a facções jihadistas ligadas à Al-Qaeda (grupo terrorista proibido na Rússia e demais países).
Yemen has seriously become graveyard of Western and Gulf made MRAPs..
— Aldin 🇧🇦 (@aldin_ww) October 2, 2019
Part to video of Najran offensive. https://t.co/4ZaYfNDSN2 pic.twitter.com/A7e4i6AGr0
O Iêmen se tornou um verdadeiro cemitério de MRAPs (veículos táticos militares americanos) feitos no Ocidente e no Golfo. Parte do vídeo da ofensiva de Najran. Olá, Dehalavieh ATGM (míssil antitanque). Do Irã com amor...
Apesar da evidência de transferências ilícitas, as novas imagens indicam que pouco mudou nessa questão.
Repetidas acusações
As vendas de armas dos EUA tanto aos sauditas quanto aos Emirados estão sujeitas a acordos de utilização final que proíbem a cedência das armas a terceiros sem autorização, algo que o Pentágono insiste que não foi concedido a nenhum dos países.
Desde 2015, a coligação tenta restaurar o poder do presidente iemenita Mansur Hadi, depois que o movimento rebelde Houthi o expulsou da capital.
Apesar das repetidas acusações de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e até mesmo genocídio cobrados pela coalizão saudita, Washington tem fornecido à coalizão apoio vital em sua operação, incluindo venda de armas, manutenção de veículos, logística, direcionamento de assistência e apoio perante órgãos internacionais.
Como resultado dos combates, mais de 100 mil civis morreram, além de produzir o que muitos chamam de pior crise humanitária do mundo.