A abertura das amostragens faz parte da iniciativa Análise de Amostras de Última Geração da Apollo (ANGSA), a qual tem como objetivo estudar todos os objetos colhidos pelas missões Apollo e preparar uma nova geração de missões para a Lua a partir de 2020.
O material foi coletado há 47 anos durante a missão tripulada final à Lua, mas com a NASA planejando retornar ao único satélite natural da Terra nos próximos anos é necessário aprimorar a perícia dos cientistas em examinar os materiais da Lua com novos métodos.
Os astronautas da Apollo 17, Gene Cernan e Jack Schmitt, recolheram o material introduzindo um tubo na Lua rochosa há quase cinco décadas.
Ele será agora submetido a uma bateria de testes em laboratório usando ferramentas que não estavam disponíveis quando as amostras originalmente chegaram do espaço.
"A análise destas amostras vai maximizar o retorno científico da Apollo, bem como permitir que uma nova geração de cientistas e curadores refinem suas técnicas e ajudar a preparar futuros exploradores para missões lunares previstas para a década de 2020 e além disso", disse Dra. Sarah Noble, cientista do programa ANGSA na sede da NASA em Washington.
Novas descobertas sobre a Lua
A amostra aberta, 73002, junto com a amostra 73001 (que será aberta em janeiro), continha poeira e rocha coletadas em um tubo de 4 centímetros de largura e 2 pés de comprimento. Chamado de "regolito", a amostra veio da borda da cratera Lara, observou Space.com.
"A abertura dessas amostras agora permitirá novas descobertas científicas sobre a Lua e permitirá que uma nova geração de cientistas refine suas técnicas para estudar melhor as futuras amostras devolvidas pelos astronautas da Artemis", afirmou Francis McCubbin, curador de astromateriais da NASA no Centro Espacial Johnson, onde a maioria das amostras lunares são armazenadas.
Em março, a NASA anunciou seu prazo de 2024 para a nova missão lunar. O programa de missão à Lua, apelidado de Artemis, irá transportar astronautas na nave espacial Orion.