"Após a liberdade, tem início um processo político longo. A elite e a direita não vão aceitar que Lula volte a exercer sua cidadania, retome seus direitos e cumpra seu papel político", afirmou.
O ex-presidente deixou a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba no final da tarde desta sexta-feira (8), onde estava preso desde abril de 2018.
A defesa pediu sua libertação após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir barrar a prisão após condenação em 2ª instância. O entendimento da corte é que, salvo em casos de prisão provisória e preventiva, o réu só pode ser detido quando esgotados todos os recursos.
"A soltura representa o reencontro com o estado democrático de direito. O STF fez a leitura correta da Constituição", afirmou Costa.
'Não sinto espírito no Congresso para prolongar essa contenda'
O julgamento levou um grupo de senadores e deputados a iniciarem uma campanha para que seja votada uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) permitindo a prisão logo após condenação em 2ª instância. O senador do PT ironizou a iniciativa.
"Existe uma lei para os brasileiros e outra para Lula. Eles querem mexer na Constituição para prender o ex-presidente?", perguntou.
Apesar do movimento, o parlamentar não vê forças para que a PEC tenha futuro: "Essa proposta já foi rejeitada no pacote anticrime [do ministro da Justiça, Sergio Moro]. Não sinto no Congresso espírito para prolongar essa contenda".
Em relação ao cenário político com Lula livre, Costa disse que o líder petista "reforça a luta contra um governo e um projeto que aumentou a pobreza, a desigualdade e a fome".