Apesar de a Guerra Fria não ter acabado em um conflito nuclear, os Estados Unidos e a União Soviética estiveram perto de uma catástrofe atômica por diversas vezes. Em uma seleção especial, apresentamos três casos em que homens e máquinas quase destruíram o mundo.
Sinal da Lua
Em 5 de outubro de 1960, o Comando de Defesa Aeroespacial dos EUA (NORAD) recebeu um sinal de uma estação localizada na Groenlândia de um lançamento em massa de mísseis nucleares soviéticos em direção aos EUA.
A partir desse momento, os militares americanos teriam poucos minutos para realizar um contra-ataque. No entanto, um grupo de oficiais suspeitou da autenticidade do sinal.
Na ocasião, Nikita Khruschev, chefe de Estado soviético, estava em Nova York durante a Assembleia Geral da ONU.
Logo após uma rápida investigação descobriu-se que o erro proveio da interferência de um sinal de rádio oriundo da Lua.
A ocasião foi o primeiro falso alerta de um ataque nuclear durante a confrontação bipolar.
Falha humana
Em 24 de novembro de 1961, o Centro de Comando Estratégico dos EUA perdeu simultaneamente o contato com o NORAD e os postos de alerta precoce.
A situação poderia ter feito os militares pensarem que os postos de alerta estivessem sob um ataque nuclear. Como reação, bombardeiros nucleares foram postos no ar.
Durante seus voos, os bombardeiros encontraram no seu caminho instalações intactas que deveriam estar destruídas em caso de um ataque nuclear soviético.
Na altura dos eventos, toda a frota de B-52 estava pronta para decolar. No entanto, descobriu-se que tudo não passava de erro de um operador do sistema de telecomunicação, responsável pela intercomunicação entre as bases, sendo que uma das estações de transmissão tinha sido avariada.
Mísseis no ar
Também em 1962 quatro bases secretas de mísseis na ilha japonesa de Okinawa receberam ordem para disparar mísseis de cruzeiro termonucleares Mark 28 contra o território soviético.
As instruções de ataque foram enviadas por rádio, sendo que todos os códigos de ataque estavam certos. No entanto, um capitão chamado William Bassett ao abrir o envelope com as coordenadas do ataque descobriu que dos quatro alvos três não eram na URSS.
Desconfiado, o oficial ligou para seu comando, não revelando que tinha recebido uma ordem para pedir uma confirmação de ataque. Em resposta, Bassett recebeu a ordem de não atacar.
Tal caso permaneceu sob segredo até 2015, quatro anos após a morte de seu herói.