Morales escreveu nesta segunda-feira (11) no Twitter sobre toda a onda de violência agravada no país.
Los golpistas que asaltaron mi casa y la de mi hermana, incendiaron domicilios, amenazaron de muerte a ministros y sus hijos y vejaron a una alcaldesa, ahora mienten y tratan de culparnos del caos y la violencia que ellos han provocado. Bolivia y el mundo son testigos del golpe
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 11, 2019
Os golpistas, que assaltaram a minha casa e a de minha irmã, incendiaram as casas, ameaçaram matar ministros e seus filhos e humilharam uma prefeita, agora mentem e tentam nos culpar pelo caos e pela violência que provocaram. A Bolívia e o mundo são testemunhas do golpe
O recém-renunciado presidente também expressou gratidão às pessoas que "se comunicam com recomendações, sugestões e expressões de reconhecimento", ressaltando que lhe deram "encorajamento, força e energia".
Muy agradecido con la solidaridad del pueblo, herman@s de Bolivia y el mundo que se comunican con recomendaciones, sugerencias y expresiones de reconocimiento que nos dan aliento, fortaleza y energía. Me emocionaron hasta hacerme llorar. Nunca me abandonaron; nunca los abandonaré
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 11, 2019
[Sou] muito grato pela solidariedade das pessoas, irmãos e irmãs da Bolívia e do mundo que se comunicam com recomendações, sugestões e expressões de reconhecimento que nos dão encorajamento, força e energia. Emociono-me até me fazer chorar. Eles nunca me abandonaram, eu nunca vou abandoná-los
Em meio a protestos violentos e a pedido expresso da polícia e das Forças Armadas da Bolívia, o líder indígena, que era presidente desde 2006, renunciou no dia 10 de novembro.
Atos de vandalismo
A renúncia veio logo após o anúncio de novas eleições gerais, e na mesma data em que auditores da Organização dos Estados Americanos (OEA) sugeriram repetir votação na Bolívia devido à impossibilidade de validar a vitória de Morales no primeiro turno das eleições de 20 de outubro.
A renúncia de Morales desencadeou uma situação de vazio de poder e insegurança com atos de vandalismo, saques, ataques a casas e cortes de água potável na noite de domingo (10).
Cuba, México, Venezuela e várias outras nações descreveram o ocorrido como golpe de Estado.