"Primeiro, apontamos que o que aconteceu ontem é considerado um golpe [...], o presidente Evo Morales decidiu apresentar sua renúncia para evitar uma guerra civil, logo é um golpe, porque o Exército solicitou a renúncia do presidente e isso viola a ordem constitucional naquele país [...], a postura é reivindicar e exigir respeito pela ordem constitucional", afirmou o chanceler na companhia do presidente Andrés Manuel López Obrador.
Além disso, Ebrard anunciou que o Governo do México solicitará uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a defesa da democracia e das liberdades na Bolívia.
"Vamos solicitar uma reunião urgente da OEA, pois, apesar da gravidade dos acontecimentos, o que aconteceu ontem, em face de pronunciamentos militares e operações policiais, foi um silêncio", afirmou.
O líder indígena Evo Morales, que estava na presidência da Bolívia desde 2006, renunciou em 10 de novembro após pedido expresso pela Polícia e pelas Forças Armadas e em meio a protestos violentos que tomaram conta do país após as eleições presidenciais.