De acordo com ele, o processo político que culminou na sua renúncia e na ascensão da senadora da oposição, Jeanine Áñez Chávez, que se declarou presidente interina do país, é um golpe "racista e fascista".
"Eu denuncio ao mundo esse novo ataque do golpe de Estado inconstitucional, ilegal e criminal na minha querida Bolívia. Hoje, os legisladores municipais foram brutalmente reprimidos e impedidos de entrar na Assembleia. O golpe racista e fascista mergulha na ilegalidade", afirmou Morales.
Ele condenou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump de reconhecer o governo autoproclamado, comparando o apoio norte-americano à oposição na Venezuela com o apoio à direita na Bolívia.
Condenamos la decisión de Trump de reconocer al gobierno de facto, y autoproclamado por la derecha con la complicidad de la policía y FFAA. El golpe de Estado que provoca muertes de mis hermanos bolivianos es una conspiración política y económica que viene desde EEUU.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 13, 2019
Condenamos a decisão de Trump de reconhecer o governo de fato e auto-proclamado pelo direita. Depois de impor Guaidó, ele agora proclama Áñez. O golpe de Estado que causa mortes de meus irmãos bolivianos é uma conspiração política e econômica que vem dos EUA
"La Paz tornou-se um campo de repressão militar e policial contra o povo que denuncia o golpe de estado. Aqueles que disseram que lutaram pela democracia impuseram uma ditadura da polícia militar que apoia um governo ilegal e inconstitucional com botas e rifles", completou.
Bolívia em crise
A Bolívia vive uma onda de grandes protestos e violência por conta da contestação às eleições de 20 de outubro, que apontaram a reeleição de Morales no primeiro turno. O resultado foi considerado como uma "fraude" pela oposição.
Em meio à forte instabilidade no país, Evo Morales renunciou à presidência do país no último domingo (10) após exigência das Forças Armadas e recebeu asilo no México. A senadora Jeanine Áñez, da oposição, se autoproclamou presidente interina.