Após a decisão, a polícia emitiu ordem de prisão contra o general, mas não foi capaz de localizá-lo em sua residência na capital espanhola.
"Estão procurando por ele", disse a porta-voz da polícia espanhola se referindo a Armando Carvajal.
O general serviu como chefe da inteligência venezuelana durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, mas fugiu do país no início deste ano, após declarar lealdade ao líder oposicionista e presidente autoproclamado Juan Guaidó.
Na ocasião, o general, também conhecido como "El Pollo" (O Frango), fugiu de barco para a República Dominicana, de onde seguiu para a Espanha, conforme reportou a agência AFP.
Os EUA solicitam a extradição do ex-espião, acusando-o de associação com a guerrilha colombiana, FARC, para traficar cocaína para o território norte-americano.
Processo de extradição para os EUA
Em setembro deste ano, a Corte Nacional da Espanha havia rejeitado o pedido de extradição dos EUA e liberado o ex-chavista, que se encontrava em prisão preventiva desde abril do corrente.
Nesta sexta-feira (8), no entanto, a corte reverteu a sua decisão ao aceitar um recurso da procuradoria. Os detalhes do pedido de recurso não foram divulgados.
A advogada de Armando Carvajal, María Dolores de Arguelles, diz desconhecer o seu paradeiro e declarou que ela "não foi informada" da decisão de sexta-feira.
Ligações com o tráfico de drogas
Armando Carvajal é procurado pelos EUA, que o acusam de ligações com a guerrilha colombiana FARC e com o tráfico de drogas.
Em 2011, uma corte do estado de Nova York acusou Carvajal de traficar 5,6 toneladas de cocaína da Venezuela para o México com a intenção de transportá-la para os EUA.
De acordo com fontes do judiciário espanhol ouvidas pela AFP, o general nega as acusações.
Caso seja extraditado e condenado nos EUA, o general poderia receber pena de 10 anos a prisão perpétua, declarou o Departamento de Estado dos EUA em abril do corrente.